O nosso pobre Portugal está entregue, há anos sem fim, aos mandos e desmandos de perfeitas Bestas.
Estas Bestas, mais não têm feito do que destruir a Identidade e Soberania de Portugal. Há décadas de (des)governação, entre roubos, corrupção e políticas criminosas, as Bestas levaram-nos à banca rota e estado de eminente colapso.
Estas Bestas herdaram um país cheio de reservas de oiro, com um crescimento económico invejável, sem dívida externa e conseguiram dar cabo de tudo, apesar dos rios de dinheiro que chegaram da UE por troca da nossa soberania. E as Bestas seguem impunes…
Tal como as Bestas dos seus avós – promotores e protagonistas da famigerada 1ª República – as actuais Bestas destruíram o nosso tecido produtivo, financeiro e económico, levando a Pátria à literal falência e inviabilidade.
As Bestas sentaram-se à mesa do banquete e sugaram tudo até ao tutano. Entre discursos vazios e hipócritas, sobre desenvolvimento e justiça social, as Bestas que nos dominam, comem tudo e não deixam nada…
Desbarataram o legado que nos deixou o “Grande Português”, gastaram o “seu” e o alheio e encurralaram-nos neste estado deplorável.
As Bestas, que ao longo de décadas, sentadas em todas as cadeiras do hemiciclo – desde a extrema-esquerda ao extremo-centro – aqueceram o lugar entre roubos e políticas de traição, deveriam era sentar-se rapidamente na barra do Tribunal, não chegando a aquecer o lugar – sinal de celeridade e eficácia da Justiça… – e irem de seguida pagar com juro e língua de palmo, tudo o que roubaram e deixaram roubar, até ao último tostão.
As Bestas, mais não têm feito que encher os seus bolsos e dos “amigos” que lhes possam vir a ser úteis e esvaziar os cofres da Nação.
As bestas criaram dois milhões de pobres entre os portugueses: pobreza declarada e envergonhada; pobreza entre reformados e desempregados; pobreza entre os que não têm acesso a oportunidades e pobreza até entre os que têm emprego mas não ganham como as Bestas.
As Bestas criaram um fosso entre ricos e pobres que atenta contra qualquer sociedade civilizada. As Bestas, agora fazem parte dos ricos…
As Bestas ofendem diariamente os portugueses com discursos de crise e sacrifícios, quando eles, além de se encherem alegremente, não dão um só modesto sinal de exemplo.
As Bestas ofendem diariamente os portugueses com mensagens e conselhos “práticos” de poupança, revelando uma total insensibilidade social perante quem, não tendo mais por onde cortar apenas lhe sobra dívidas, carências e uma terrível angústia de cada dia…
As Bestas são realmente umas Bestas; quadradas!
As Bestas, ao invés de promoverem a reanimação da economia, asfixiam-na por todos os lados, apertando o garrote no pescoço das Famílias. Estas Bestas que nos dominam só nos brindam com anúncios de agravamento de impostos, subidas de preços e cortes nos benefícios, direitos e garantias.
Eles, ao fazerem frete às outras Bestas a quem obedecem cegamente – os capitalistas e eurocratas de Bruxelas, insensíveis e monstruosos – atrofiam o país, secam o investimento, matam a economia. Sugam tudo até à exaustão, em lugar de estimularem a Produção, o Trabalho, o Emprego: motores de uma sã economia. São mesmo Bestas!
As Bestas comem rosbife e passeiam-se em carros de alta cilindrada. As Bestas têm reformas principescas sem as merecer. As Bestas, instaladas em todos os postos do Sistema, ganham ordenados de bradar aos céus: imorais e ofensivos. Bestas que são, entre almoçaradas e jantaradas nos melhores sítios, enchem aquelas bocas imundas de discursos de Justiça e Solidariedade. Tenham vergonha ao menos, suas Bestas!
Estas Bestas têm que ser corridas o quanto antes! Porque só nos fazem mal. Porque nada merecem. Porque são os culpados do estado de coisas a que chegámos e daquele, bem pior, que está para vir.
As Bestas sobrevivem e roubam animadamente porque muitas outras Bestas teimam em votar nelas. Essas outras inúmeras Bestas que insistem em procurar as soluções no esgoto onde se encontram os responsáveis pelo desastre nacional, são também co-responsáveis. A estas Bestas do voto teimoso no “mais do mesmo,” não lhes pode assistir sequer o direito de se queixarem do que quer que seja. Não o permitamos! Isso é ofensivo!
Essas grandes Bestas têm bem o que merecem!
Quanto aos outros, nós, vítimas da situação: até quando iremos permitir?!
José Pinto-Coelho | 18 de Outubro de 2010